sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"DECLARAR-NOS ABERTAMENTE"

“Declarar-nos abertamente”

Caríssimos, há algum tempo que estamos falando da presença de Jesus entre nós. Na última vez quisemos incrementá-la com uma escuta mais atenta. Lembram?
Qual deve ser o nosso empenho durante o mês de setembro (...)? Como dar a nossa contribuição pessoal?
Renovando continuamente no coração o firme propósito de estabelecer sempre, dia e noite, a presença de Jesus entre nós e agir de conseqüência. Para isso será preciso, quando estivermos em contato com um ou mais irmãos e irmãs de Ideal, declará-lo aberta e frequentemente.
Sei que isso nem sempre é fácil no trabalho, por exemplo, na vida familiar, na comunidade, no estudo, na rotina do dia-a-dia. De fato, é um ato que requer sacrifício. Por exemplo, será necessário vencer o respeito humano, superar a preguiça, viver a humildade para calar o nosso amor-próprio, pagar o preço de uma espiritualidade comunitária. Portanto, é preciso reagir. Não dizemos: «És tu, Senhor, o meu único bem»? E ele não é sacrifício, virtude, vitória sobre o próprio eu?
O fato de recordamos uns aos outros o dever de termos Jesus entre nós nos ajudará muito a viver num plano sobrenatural inclusive nos momentos mais simples, que parecem menos espirituais, por exemplo: antes de sentar-nos à mesa, durante uma recreação, vendo o telejornal, antes de um passeio, etc.
Esta prática, este modo de manter elevada a temperatura da nossa vida espiritual pode ser a nossa típica contribuição para (…) a Santa Viagem" que estes pensamentos nos ajudam a percorrer.
No meu focolare, já faz algum tempo que sentimos a necessidade de viver assim e é o que procuramos praticar. Asseguro-lhes que é muito útil. Essa declaração é como um termômetro que nos indica que estamos fixando em Deus todos os momentos do nosso dia. Tenho certeza absoluta de que isso agrada muito a Ele.


Do pensamento de Chiara: "Como viver o Sínodo dos Bispos de 1999", Collegamento CH - Mollens, 26 de agosto de 1999.


O mundo visto de Roma

Serviço diario - 24 de setembro de 2009

Conclui a fase diocesana do processo de beatificação de um políticoIgino Giordani, que também foi escritor, jornalista e co-fundador dos FocolaresROMA, quinta-feira, 24 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Em 27 de setembro concluirá em Rocca di Papa, localidade próxima de Roma, a fase diocesana do processo de beatificação do político italiano Igino Giordani, que teve papel importante ao lado de Chiara Lubich na fundação do Movimento dos Focolares.
O processo de Giordani (Tivoli, 24 de setembro de 1894 – Rocca di Papa, 18 de abril de 1980), que também foi escritor, jornalista e diretor da Biblioteca Apostólica Vaticana, passará à Congregação para as Causas dos Santos da Santa Sé.
Pode um político ser santo? É a questão que Igino Giordani propõe quando, em 1946, Alcide De Gasperi, fundador da Democracia Cristã e um dos pais da Europa, também em processo de beatificação, lhe convence a participar das eleições políticas.
O anseio de santidade havia se acendido nele já aos 22 anos, no leito de um hospital militar, vítima da primeira guerra mundial.
Após a segunda guerra mundial foi um dos pais da Constituição Italiana e parlamentar como “serviço social, caridade em ato”. Valente defensor da paz, considera a guerra “uma operação contra o povo, que despreza a liberdade, a democracia”, segundo explica o Movimento dos Focolares no anúncio do encerramento do processo diocesano.
Precedentemente, por suas duras intervenções contra o fascismo, vive “no desterro civil e político”: é expulso do registro dos jornalistas e privado do ensino.
“Ou a Europa se une, ou a Europa perece”, escreve nos anos cinquenta, quando era membro do primeiro Conselho dos Povos da Europa. Desde os anos vinte havia proposto o nascimento dos Estados Unidos da Europa.
Foi diretor de vários jornais, escreveu uma centena de livros e mais de 4 mil artigos de fundo político, cultural e religioso.
Intelectual de destaque do catolicismo italiano, estudioso dos Padres da Igreja, foi pioneiro do Concílio Vaticano II, especialmente pelo que se refere aos temas do laicado e do ecumenismo.
Em 1948 sua vida deu uma volta ao encontrar-se com Chiara Lubich, que em 1943 havia dado vida a um novo Movimento na Igreja: os Focolares, acendendo nele uma “revolução na alma”.
Encontra o que havia buscado durante muito tempo: “o mundo leigo da vida mística”. Seu caminho solitário se torna comunitário.
Giordani, por sua parte, dá uma contribuição importante ao desenvolvimento do carisma da unidade dos Focolares no campo ecumênico e para a renovação do mundo da família, da política e de diversos âmbitos da sociedade.
Até o ponto de que foi considerado por Chiara Lubich como um dos co-fundadores do Movimento.
A fase diocesana do processo foi concluída depois de 5 anos de trabalho, com 2.500 páginas das atas do processo. Os teólogos censores examinaram 98 livros e mais de 4 mil artigos; os peritos em história, 120 arquivos de escritos inéditos, constituídos por mais de 60 mil páginas.
Tem-se, também, documentação de mais de 50 graças recebidas por intercessão de Giordani. Entre estas o postulador da causa elegerá a que deve ser submetida ao juízo da Igreja para certificá-la como milagre.
A abertura da causa aconteceu em 6 de junho de 2004, na catedral de Frascati, diocese onde Igino Giordani faleceu.
A cerimônia da fase diocesana conclusiva acontecerá no Centro internacional dos Focolares de Rocca di Papa, em cuja capela se conservam os restos de Giordani e de Chiara Lubich.
O recém-nomeado bispo de Frascati, Dom Raffaelo Martinelli, presidirá, às 16h30 (hora italiana), o ato jurídico, que será precedido pela intervenção da atual presidente dos Focolares, Maria Voce.

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