Sábado, 30 de outubro de 2010, 14h38 - Canção Nova
Kelen Galvan
Da Redação
Na tarde deste sábado, 30, representantes de alguns movimentos e novas comunidades fizeram uma mesa redonda, para partilhar a experiência dos Movimento Eclesiais no Novo Milênio. Participaram a sucessora de Chiara Lubich - fundadora do Movimento dos Focolares, Maria Voce; a presidente dos Serviços Internacionais da Renovação Carismática Católica (ICCRS), Michelle Moran; e o representante da Comunidade Santo Egídio, Andrea Roccucci.
Maria Voce iniciou a colocação e recordou a expressão usada por João Paulo II e repetida por Bento XVI, que chama as novas comunidades como a "nova primavera da Igreja". Segundo ela, essa expressão descreve a vitalidade e novidade dos carismas surgidos na Igreja como resposta às necessidades atuais do mundo.
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Sobre isso, Michelle Moran, destacou que "a primavera está associada ao nascimento" e explicou que na Bíblia se fala sobre a chuva que cai cedo e a que cai mais tarde sobre as plantas. "As chuvas fazem com que as sementes cresçam, mas são as chuvas da primavera que preparam as plantas para a colheita".
"Estamos entrando em um novo tempo. Eu acredito que temos chegado ao momento da segunda chuva, de primavera. É ela que conduz a colheita. Este é o tempo de dar os frutos maduros", ressaltou Michelle.
Maria Voce recordou a missão do Movimento dos Focolares, de promover a unidade, até os confins do mundo. "Um povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo", destacou.
Segundo ela, o pedido de Jesus "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei" resume nossa tarefa como cristãos. E enfatizou que "é o amor mútuo que nos faz expressão credível do Evangelho".
"Nossa tarefa é amar. E amar significa ser capaz de sentir o irmão da fé, estar dispostos a partilhar alegrias, sofrimentos, a oferecer a verdadeira e profunda amizade", destacou Maria.
Ela destacou que amar é muito exigente, porque precisamos esquecer de nós mesmos para nos dar ao outro, mas afirmou que "o amor nos permitirá ser um dom para o outro".
Renovação Carismática
Michelle Moran destacou que a RCC não tem um fundador humano, mas foi iniciativa do próprio Deus, e que a ação do Espírito Santo não é uma graça apenas para esse movimento eclesial, mas sim para toda a Igreja. "[A RCC] é como um grande rio. Existem muitas comunidades, ministérios e movimentos ali dentro... mas mesmo assim, todo o rio é um grande movimento eclesial", exemplificou.
Primeiramente, disse ela, precisamos reconhecer que não somos os únicos movimentos a experimentar essa novidade de Deus. "O Senhor está trabalhando em vários movimentos eclesiais".
Ao reconhecer isso, chegamos ao segundo nível, que é o de nos relacionarmos uns com os outros. E, muito mais, devemos chegar ao terceiro nível e trabalhar nossa comunhão. "Nossos relacionamentos começam a se estreira com a comunhão. É só ela que pode trazer um relacionamento frutuoso".
Sobre o assunto, o Andrea Roccucci afirmou que "nossos encontros são uma escola de comunhão" e, que isso é muito importante. "Na comunhão é que se realiza a universalidade. É ela que nos abre ao outro e introduz algo de mim nele".
Desafios atuais
Roccucci destacou que é preciso "olhar para fora das janelas da Igreja" e reconhecer o tempo que estamos vivendo, a grande necessidade do mundo atual. "O mundo tem sede de alguém que os instrua, oriente. O mundo precisa do testemunho do Evangelho e de uma vida cristã", afirmou.
Segundo ele, podemos até achar que o Cristianismo seja frágil diante dos problemas atuais, mas isso não é verdade. "Este é o tempo oportuno para se viver o Cristianismo. O tempo é difícil e oportuno para ser viver o Evangelho", concluiu.
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