Carta de Chiara Lubich de 1943 endereçada a um grupo de moças.
Gostaria de estar ao lado de cada uma e falar com o coração nas mãos e com a delicadeza de Deus, e dizer o que se passa no meu coração:
Também em ti, o Altíssimo traçou um desígnio de Amor. Também tu podes viver por algo sublime na vida.
Acredita: Deus está em ti!
A tua alma em graça é centro do Espírito Santo: o Deus que santifica.
Reentra em ti: procura Deus, o teu Deus, o que vive em ti!
Se tu conhecesses quem carregas em ti!
Se, por ele, tudo deixasses...
Se essa breve existência, que escapa e se consome um passo todo dia, tu a dirigisses para Deus!
Ah! Se Deus fosse Rei em ti e todas as forças da alma tua e do teu corpo fossem servas deste Rei, a seu divino serviço!
Ah! Se o amasse com todo o coração, com toda a mente, com todas as forças!
Então...apaixonar-te-ias por Deus e passarias pelo mundo anunciando a boa nova!
Deus existe. Vive por Ele.
Deus te julgará. Vive por Ele.
Deus será tudo para ti daqui a poucos anos, tão logo passe essa vida breve! Lança-te Nele.
Amai-o.
Ouve o que Ele quer de vós, em cada instante de vossas vidas.
Fazei isso com todo o ímpeto de vosso coração, consumindo nesse divino serviço todas as vossas forças.
Enamorai-vos de Deus!
Tantas coisas belas existem na terra! Mais belo ainda é Deus!
Que a vossa juventude não fuja e, entre os soluços de uma vida fracassada, não vos caiba dizer com santo Agostinho: "Tarde te amei! Tarde te amei, beleza sempre antiga e sempre nova!"
Não! [...] Agora te amo, meu Deus, meu tudo!
Ordena agora, e eu cumpro! A tua vontade é a minha! Quero o que Tu queres!
Enamorar-se de Deus na terra significa apaixonar-se por sua vontade, até que nossa alma, vivida neste divino serviço, o veja e o tenha consigo sempre.
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